13/02/2009

Agência dá nota zero a 482 planos de saúde.

13.02.09
Fonte: Jornal Agora / São Paulo

Número equivale a 36% das 1.327 operadoras avaliadas pela ANS; empresas representam 97% dos consumidores do país
Só 0,4% das empresas obtiveram nota máxima; entre os itens avaliados estavam atenção à saúde e satisfação dos usuários.

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) deu nota zero para 36% das operadoras de planos de saúde ambulatoriais, médicos e odontológicos avaliadas em uma relação divulgada ontem -482 de 1.327 empresas de saúde.

Responsáveis por 45,68 milhões de usuários de planos de saúde do país (97,3% do total), as operadoras receberam notas de 0 a 1. As piores estão sujeitas a multa da ANS. Obtiveram a nota máxima apenas 0,4% das empresas. Cerca de 15% conseguiram um desempenho considerado bom (de 0,60 a 0,79).

Nota : A Fundação Sabesp de Seguridade Social -Sabesprev alcançou desempenho de 0,60 a 0,79.

A maioria das operadoras -ou 40%- teve nota média, entre 0,4 e 0,59: nela estão, de acordo com a agência, metade dos consumidores brasileiros.

Para elaborar o levantamento, a ANS dividiu as empresas por grupos, segundo os serviços e o porte de cada operadora. Assim, o consumidor pode ver qual empresa daquela categoria teve a melhor nota.

O ranking é anual e traz o desempenho das empresas em 2007 -o de 2008 será divulgado neste semestre. Os critérios para avaliar as empresas foram atenção à saúde, qualidade econômico-financeira, estrutura da empresa e satisfação dos usuários. Segundo o coordenador do programa de qualificação da ANS, Afonso Reis, as informações foram enviadas pelas próprias operadoras.

Para avaliar a satisfação dos clientes, a ANS identifica também o tempo de permanência dos usuários e se a empresa foi multada pela agência.

Veja a relação das empresas em www.ans.gov.br

Migração

A ideia é que a avaliação ajude a decidir se vale a pena trocar de convênio quando for possível migrar de plano sem a necessidade de cumprir uma nova carência, a partir de abril. Segundo a ANS, 6 milhões de consumidores poderão pedir a troca. Hoje, os consumidores podem trocar de plano, mas têm de cumprir carência. LUCIANA LAZARINI.